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Duas décadas depois, formada em contabilidade, ela estava frustrada com a vida profissional. O sentimento culminou na inauguração de seu empreendimento, o Crioula Café, no Guará II. O conceito de um café quilombola, no entanto, não partiu de Helena. “A ideia foi do consultor que contratei para me ajudar a pensar no estabelecimento. A partir daí, ficou muito mais fácil elaborar a decoração e o cardápio”, lembra a empresária. A casa abriu em junho de 2018. Na decoração, além de pinturas e fotografias de artistas negros, destacam-se cordas, cimento queimado, adobe, tijolos à mostra e lamparinas antigas. Helena Rosa adaptou a tradicional matula quilombola para seu Crioula Café: preparo com cuscuz em vez da farinha de mandioca   A montagem do cardápio do Crioula foi um verdadeiro resgate da infância de Helena. A casa oferece pamonha, bolo de chocolate com baru e a famosa matula. Na tradição quilombola, o prato é um preparo de farinha de mandioca com os ingredientes disponíveis na cozinha: carne-seca, tomate e queijo, por exemplo. Eu não ia servir farofa no café, não é mesmo? Adaptei a receita com o cuscuz para o menuHelena Rosa Entre os pratos disponíveis, o que remete à vida de Helena no quilombo é simples: chá calmante quilombola – com erva-cidreira, manjericão e erva-doce – com uma fatia de queijo fresco. “O som que ouço quando mastigo o queijo me leva de volta à minha infância. Quis fazer comidas do dia a dia do brasiliense, com um toque quilombola. O waffle é servido com geleia de frutas do Cerrado e o brownie leva banana-da-terra”, descreve. 7 imagensFechar modal.1 de 7O Crioula Café deve investir, neste ano, em pratos veganos. Por enquanto, a opção é a pamonha, de sal ou de doce, sem queijoJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles2 de 7No Crioula, os baristas servem cafés especiais no espresso, na prensa sa e na V60. Para quem prefere a bebida ada no coador de pano, Helena oferece um grão do Café Orfeu processado em moedor antigoJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles3 de 7O Crioula tem algumas opções de chás, e o mais tradicional é o quilombola: erva-cidreira, manjericão e erva-doce resultam numa bebida aromática e adocicadaJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles4 de 7A matula adaptada é servida com queijo, tomates e carne-secaJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles5 de 7Café no Guará entendeu a premissa de Pedro Ariel: casas devem contar histórias, e remeter às origensJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles6 de 7As paredes da casa são repletas de pinturas e fotografias de artistas negrosJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles7 de 7O ambiente do Crioula CaféJúlia Bandeira/Especial para o Metrópoles   Durante a entrevista de Helena para o Metrópoles, uma senhora de cabelos grisalhos pediu licença, entrou na casa e encomendou o carro-chefe: um café no coador de pano. Quando ouviu a barista despejando os grãos num moedor antigo, saltou da cadeira para ver. “Vocês vão moer na hora, como antigamente? Que chique!”, reparou. A clientela é fã do coadinho. “Tem gente que lacrimeja, lembra-se de como a mãe fazia café. Eu nunca imaginei causar reações assim no meu trabalho, é muito legal”, comemora a quilombola. No entanto, Helena contou um segredo: prefere o grão na Hario V60. África no prato Outro colecionador de reações emocionadas é o nigeriano Chidera Ifeanyi. Engenheiro eletricista formado pela Universidade de Brasília (UnB), o imigrante é o proprietário do Simbaz, restaurante africano em plena Asa Sul. Em uma cidade com tantas embaixadas e uma comunidade universitária forte originária do continente, não é difícil adivinhar quem são seus maiores frequentadores. “Meus clientes africanos vêm aqui quando sentem saudade da comida da mãe”, comenta. O nigeriano Chidera Ifeanyi abriu o restaurante Simbaz com a missão de divulgar a gastronomia e a cultura de países africanos   No Simbaz, além da bagagem nigeriana trazida por Chidera, é possível encontrar influências de outros países do continente africano nos pratos. O chef da casa é Abdoul Rashid Akilade, um imigrante vindo do Togo que trabalhou como cozinheiro na Costa do Marfim e veio ao Brasil a convite da embaixada de Gana. À equipe ainda se soma um imigrante camaronês, Mouhamadou Sakir Diop, e também trabalha na casa o irmão de Chidera, Kelvin. “Fizemos um mix de países no cardápio”, brinca o proprietário. O nigeriano conta que, quando chegou ao Brasil, provou abóbora pela primeira vez e se apaixonou. No entanto, ao conhecer a gastronomia tupiniquim, descobriu pratos muito parecidos com os de casa, como acarajé, abará, arroz carreteiro, baião de dois e buchada de bode. No Simbaz, é possível provar o akara, bolinho de feijão-branco frito no óleo de soja e consumido sem recheio, diferentemente do primo baiano carregado no dendê. O carro-chefe da casa é o churrasco nigeriano. Chidera conta que essa era sua maior saudade da terra natal. Nos tempos de UnB, o empresário costumava competir com os amigos brasileiros pelo título de mestre-churrasqueiro. Bem diferente do que estamos habituados, o prato servido no Simbaz consiste em finas fatias de contrafilé temperadas com “amendoim e outros segredos”, assadas por 15 minutos. “Não penso em trazer carnes exóticas, como a de leão ou de antílope. Prefiro importar cultura”, argumenta. 7 imagensFechar modal.1 de 7O prato que Chidera mais gosta – e do qual sente mais saudade – é o churrasco nigeriano: finas fatias de carne bovina temperadas com “amendoim e outros segredos”Vinícius Santa Rosa/Metrópoles2 de 7Um dos grandes atrativos da casa é o fufu, um bolo feito de farinha de inhame, de arroz, de mandioca ou de milho, servido com uma sopa. Come-se com uma mãoVinícius Santa Rosa/Metrópoles3 de 7Outra delícia do cardápio é o arroz joloff, que entra como acompanhamento em diversas refeições. Hidratado com massa de tomate, tem um sabor irresistívelVinícius Santa Rosa/Metrópoles4 de 7Entrada clássica do cardápio: chips de banana salgadosVinícius Santa Rosa/Metrópoles5 de 7Chidera quer que o Simbaz se torne um centro de divulgação de cultura africanaVinícius Santa Rosa/Metrópoles6 de 7Os drinques da casa variam desde o tradicional ginger ale até criações própriasVinícius Santa Rosa/Metrópoles7 de 7Seja cliente ou fornecedor, toda pessoa que entra no Simbaz tem que tirar uma selfie com Chidera nesta parede. Estão pendurados relógios com os cinco fusos horários do continente africanoVinícius Santa Rosa/Metrópoles   O Simbaz não é, no entanto, um restaurante convencional. O cliente não deve esperar um serviço muito rápido: o tempo de saída dos pratos varia muito, porque cada um é feito do zero, na hora do pedido. A comida chega fumegando à mesa, mas leva uma boa meia hora até isso. “Aqui, queremos conhecer e convencer o cliente. 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Chefiado pelo engenheiro agrônomo congolês Jonathan Fumupamba Sasakanda, o estabelecimento trabalha com sistema de bufê e, em breve, vai ofertar almoço a quilo e jantar à la carte. Para ajudar na cozinha, Jonathan Fumupamba Sasakanda emprega cozinheiros do Congo, Benim e Etiópia. “São culinárias com ingredientes mais aceitos pelos brasileiros”, explica   Atualmente, há lojas do African’s Grill em Orlando, nos Estados Unidos, e em Paris, na França. Após conversas com os donos da rede, Jonathan trouxe a franquia para Brasília com o intuito de divulgar a cultura africana na cidade. No cardápio, uma clara mistura dos pratos nacionais com os africanos: arroz, feijão, mandioca, frango e carne ganham temperos novos e composições diferentes. African’s Grill Na Praça Central, Lote 4B, embaixo do Hotel Ilhabela. Telefone: (61) 3264-5339 Crioula Café QI 31, Loja 25, Guará II. Telefone: (61) 99164-3920 Simbaz – Culinária Afro e Bar 412 Sul, Bloco D, Loja 15. 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Gastronomia africana no DF: veja onde comer gostosos pratos diferentes

Casas apresentam, em seus menus, um tremendo orgulho da origem de seus donos: comida típica e sempre muito fresca

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Júlia Bandeira/Especial para o Metrópoles
Brasilia(DF), 13/02/2019, Comida africana e quilombola Local: Crioula Café , Julia Bandeira / Especial para o Metrópoles
1 de 1 Brasilia(DF), 13/02/2019, Comida africana e quilombola Local: Crioula Café , Julia Bandeira / Especial para o Metrópoles - Foto: Júlia Bandeira/Especial para o Metrópoles

Em Brasília, fugir do clássico – leia-se gastronomias europeia, chinesa e japonesa – é um risco. O público não é muito afeito a novidades, tampouco a comidas tidas como diferentes. Descobrir outras cozinhas, no entanto, é uma aventura que pode levar, sem querer, o comensal às suas origens. É o caso das culinárias africana e quilombola, que não só têm pratos parecidos com os nacionais, mas também usam insumos muito familiares ao consumidor, como mandioca e carne-seca.

A comida quilombola é, por definição, brasileira. Trata-se, afinal, de comunidades criadas no país e que mantêm viva até hoje sua cultura e, consequentemente, gastronomia. A empresária Helena Rosa viveu no quilombo calunga de Cavalcante (GO) até os 13 anos, quando veio a Brasília com a mãe para terminar o ensino básico. Duas décadas depois, formada em contabilidade, ela estava frustrada com a vida profissional. O sentimento culminou na inauguração de seu empreendimento, o Crioula Café, no Guará II.

O conceito de um café quilombola, no entanto, não partiu de Helena. “A ideia foi do consultor que contratei para me ajudar a pensar no estabelecimento. A partir daí, ficou muito mais fácil elaborar a decoração e o cardápio”, lembra a empresária. A casa abriu em junho de 2018. Na decoração, além de pinturas e fotografias de artistas negros, destacam-se cordas, cimento queimado, adobe, tijolos à mostra e lamparinas antigas.

Júlia Bandeira/Especial para o Metrópoles
Helena Rosa adaptou a tradicional matula quilombola para seu Crioula Café: preparo com cuscuz em vez da farinha de mandioca

 

A montagem do cardápio do Crioula foi um verdadeiro resgate da infância de Helena. A casa oferece pamonha, bolo de chocolate com baru e a famosa matula. Na tradição quilombola, o prato é um preparo de farinha de mandioca com os ingredientes disponíveis na cozinha: carne-seca, tomate e queijo, por exemplo.

Eu não ia servir farofa no café, não é mesmo? Adaptei a receita com o cuscuz para o menu

Helena Rosa

Entre os pratos disponíveis, o que remete à vida de Helena no quilombo é simples: chá calmante quilombola – com erva-cidreira, manjericão e erva-doce – com uma fatia de queijo fresco. “O som que ouço quando mastigo o queijo me leva de volta à minha infância. Quis fazer comidas do dia a dia do brasiliense, com um toque quilombola. O waffle é servido com geleia de frutas do Cerrado e o brownie leva banana-da-terra”, descreve.

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No Crioula, os baristas servem cafés especiais no espresso, na prensa sa e na V60. Para quem prefere a bebida ada no coador de pano, Helena oferece um grão do Café Orfeu processado em moedor antigo
O Crioula tem algumas opções de chás, e o mais tradicional é o quilombola: erva-cidreira, manjericão e erva-doce resultam numa bebida aromática e adocicada
A matula adaptada é servida com queijo, tomates e carne-seca
Café no Guará entendeu a premissa de Pedro Ariel: casas devem contar histórias, e remeter às origens
As paredes da casa são repletas de pinturas e fotografias de artistas negros
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O Crioula Café deve investir, neste ano, em pratos veganos. Por enquanto, a opção é a pamonha, de sal ou de doce, sem queijo

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No Crioula, os baristas servem cafés especiais no espresso, na prensa sa e na V60. Para quem prefere a bebida ada no coador de pano, Helena oferece um grão do Café Orfeu processado em moedor antigo

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O Crioula tem algumas opções de chás, e o mais tradicional é o quilombola: erva-cidreira, manjericão e erva-doce resultam numa bebida aromática e adocicada

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A matula adaptada é servida com queijo, tomates e carne-seca

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Café no Guará entendeu a premissa de Pedro Ariel: casas devem contar histórias, e remeter às origens

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As paredes da casa são repletas de pinturas e fotografias de artistas negros

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O ambiente do Crioula Café

Júlia Bandeira/Especial para o Metrópoles

 

Durante a entrevista de Helena para o Metrópoles, uma senhora de cabelos grisalhos pediu licença, entrou na casa e encomendou o carro-chefe: um café no coador de pano. Quando ouviu a barista despejando os grãos num moedor antigo, saltou da cadeira para ver. “Vocês vão moer na hora, como antigamente? Que chique!”, reparou.

A clientela é fã do coadinho. “Tem gente que lacrimeja, lembra-se de como a mãe fazia café. Eu nunca imaginei causar reações assim no meu trabalho, é muito legal”, comemora a quilombola. No entanto, Helena contou um segredo: prefere o grão na Hario V60.

África no prato
Outro colecionador de reações emocionadas é o nigeriano Chidera Ifeanyi. Engenheiro eletricista formado pela Universidade de Brasília (UnB), o imigrante é o proprietário do Simbaz, restaurante africano em plena Asa Sul. Em uma cidade com tantas embaixadas e uma comunidade universitária forte originária do continente, não é difícil adivinhar quem são seus maiores frequentadores. “Meus clientes africanos vêm aqui quando sentem saudade da comida da mãe”, comenta.

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
O nigeriano Chidera Ifeanyi abriu o restaurante Simbaz com a missão de divulgar a gastronomia e a cultura de países africanos

 

No Simbaz, além da bagagem nigeriana trazida por Chidera, é possível encontrar influências de outros países do continente africano nos pratos. O chef da casa é Abdoul Rashid Akilade, um imigrante vindo do Togo que trabalhou como cozinheiro na Costa do Marfim e veio ao Brasil a convite da embaixada de Gana. À equipe ainda se soma um imigrante camaronês, Mouhamadou Sakir Diop, e também trabalha na casa o irmão de Chidera, Kelvin. “Fizemos um mix de países no cardápio”, brinca o proprietário.

O nigeriano conta que, quando chegou ao Brasil, provou abóbora pela primeira vez e se apaixonou. No entanto, ao conhecer a gastronomia tupiniquim, descobriu pratos muito parecidos com os de casa, como acarajé, abará, arroz carreteiro, baião de dois e buchada de bode. No Simbaz, é possível provar o akara, bolinho de feijão-branco frito no óleo de soja e consumido sem recheio, diferentemente do primo baiano carregado no dendê.

O carro-chefe da casa é o churrasco nigeriano. Chidera conta que essa era sua maior saudade da terra natal. Nos tempos de UnB, o empresário costumava competir com os amigos brasileiros pelo título de mestre-churrasqueiro.

Bem diferente do que estamos habituados, o prato servido no Simbaz consiste em finas fatias de contrafilé temperadas com “amendoim e outros segredos”, assadas por 15 minutos. “Não penso em trazer carnes exóticas, como a de leão ou de antílope. Prefiro importar cultura”, argumenta.

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Um dos grandes atrativos da casa é o fufu, um bolo feito de farinha de inhame, de arroz, de mandioca ou de milho, servido com uma sopa. Come-se com uma mão
Outra delícia do cardápio é o arroz <i>joloff</i>, que entra como acompanhamento em diversas refeições. Hidratado com massa de tomate, tem um sabor irresistível
Entrada clássica do cardápio: chips de banana salgados
Chidera quer que o Simbaz se torne um centro de divulgação de cultura africana
Os drinques da casa variam desde o tradicional <i>ginger ale</i> até criações próprias
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O prato que Chidera mais gosta – e do qual sente mais saudade – é o churrasco nigeriano: finas fatias de carne bovina temperadas com “amendoim e outros segredos”

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Um dos grandes atrativos da casa é o fufu, um bolo feito de farinha de inhame, de arroz, de mandioca ou de milho, servido com uma sopa. Come-se com uma mão

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Outra delícia do cardápio é o arroz joloff, que entra como acompanhamento em diversas refeições. Hidratado com massa de tomate, tem um sabor irresistível

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Entrada clássica do cardápio: chips de banana salgados

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Chidera quer que o Simbaz se torne um centro de divulgação de cultura africana

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Os drinques da casa variam desde o tradicional ginger ale até criações próprias

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
7 de 7

Seja cliente ou fornecedor, toda pessoa que entra no Simbaz tem que tirar uma selfie com Chidera nesta parede. Estão pendurados relógios com os cinco fusos horários do continente africano

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

 

O Simbaz não é, no entanto, um restaurante convencional. O cliente não deve esperar um serviço muito rápido: o tempo de saída dos pratos varia muito, porque cada um é feito do zero, na hora do pedido. A comida chega fumegando à mesa, mas leva uma boa meia hora até isso. “Aqui, queremos conhecer e convencer o cliente. Não quis lotar a casa, porque assim eu não consigo explicar a comida. O início foi difícil, mas conseguimos conquistar uma clientela”, comemora Chidera.

Um exemplo é o fufu, espécie de bolinho de farinha (o cliente escolhe entre milho, mandioca, inhame e arroz) que deve ser comido com a mão, em um processo – muito lúdico para o brasileiro, habituado a talheres – apresentado à mesa pelo proprietário.

A casa também funciona como um centro de convivência e de divulgação de cultura africana. Além de cursos de dança e do idioma yorubá, o Simbaz ainda promove um cineclube de filmes vindos do continente e, a cada 15 dias, propõe uma roda de discussão sobre masculinidade negra. “Eu sou apaixonado pelo Brasil e pela Nigéria. Quero mudar a imagem que o brasileiro tem da África e a imagem que o africano tem do Brasil”, garante.

Mais uma opção
Outro restaurante africano fica fora do Plano Piloto: a edição brasileira da franquia African’s Grill funciona no Núcleo Bandeirante desde outubro de 2018. Chefiado pelo engenheiro agrônomo congolês Jonathan Fumupamba Sasakanda, o estabelecimento trabalha com sistema de bufê e, em breve, vai ofertar almoço a quilo e jantar à la carte.

Hugo Barreto/Metrópoles
Para ajudar na cozinha, Jonathan Fumupamba Sasakanda emprega cozinheiros do Congo, Benim e Etiópia. “São culinárias com ingredientes mais aceitos pelos brasileiros”, explica

 

Atualmente, há lojas do African’s Grill em Orlando, nos Estados Unidos, e em Paris, na França. Após conversas com os donos da rede, Jonathan trouxe a franquia para Brasília com o intuito de divulgar a cultura africana na cidade. No cardápio, uma clara mistura dos pratos nacionais com os africanos: arroz, feijão, mandioca, frango e carne ganham temperos novos e composições diferentes.

African’s Grill
Na Praça Central, Lote 4B, embaixo do Hotel Ilhabela. Telefone: (61) 3264-5339

Crioula Café
QI 31, Loja 25, Guará II. Telefone: (61) 99164-3920

Simbaz – Culinária Afro e Bar
412 Sul, Bloco D, Loja 15. Telefone: (61) 3346-7540

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