Bolsonaro mapeia traições na eleição para a Frente Evangélica
Eleição de nova liderança acontece nesta terça-feira; Bolsonaro orientou bancada a não votar em Otoni de Paula
atualizado
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Jair Bolsonaro acompanha com atenção as movimentações que antecedem a escolha da liderança da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, marcada para esta terça-feira (25/2). A disputa envolve o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado que se aproximou de Lula no final de 2024.
À bancada bolsonarista na Câmara e no Senado, o ex-presidente avisou que vai interpretar os votos em Otoni como um gesto de “alta traição”. O alerta tem um direcionamento: as eleições de 2026. Bolsonaro avisou que os eleitores de Otoni terão que buscar o apoio de Lula no próximo pleito.
Otoni de Paula irritou aliados e o próprio ex-presidente em outubro, quando liderou uma bênção ao presidente Lula na da lei que criou o Dia da Música Gospel. Durante o evento, Otoni agradeceu ao petista pela sanção da lei e fez elogios ao presidente.
“Nossas escolhas são pautadas em crenças e valores. Não temos um dono, senhor presidente. Somos um corpo plural em nossa visão de mundo a partir do nosso entendimento das santas escrituras”, disse o deputado.
A reação mais incisiva veio do pastor e líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia. “Que bancada evangélica vai se aproximar de Lula? Alguns podem se aproximar, mas a massa não vai. O gesto do Otoni acontece porque ele quer jogar para os dois lados, ele quer dar uma de Bolsonaro, mas está queimado do lado de cá”, criticou.
Depois do evento com Lula e das críticas da oposição, Otoni de Paula deixou o grupo da bancada no WhatsApp.