Novo estudo encontra ligação entre Alzheimer e problemas intestinais
Colesterol descontrolado também parece ser fator de risco para as duas condições, e pesquisadores sugerem que remédio específico pode ajudar
atualizado
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Pesquisadores da Universidade Edith Cowan, na Austrália, confirmaram que existe uma relação entre o desenvolvimento de Alzheimer e problemas intestinais. O estudo analisou dados genéticos de cerca de 400 mil pessoas com as duas condições, e foi publicado na revista científica Communications Biology nesta segunda (18/7).
Segundo os cientistas, pacientes com as duas doenças têm genes em comum, o que pode ajudar a identificar as condições de forma precoce e desenvolver novos medicamentos para evitar que se desenvolvam. Além disso, ambas parecem ter o colesterol alto como um dos fatores de risco.
“Há evidências de que o colesterol alto pode ser transferido para o sistema nervoso central, resultando em metabolismo anormal do colesterol no cérebro”, explica o autor do estudo, Emmanuel Adewuyi, em comunicado. De acordo com o cientista, o acúmulo do lipídio no órgão pode estar relacionado com a queda cognitiva.
Já no intestino, os níveis alterados de colesterol parecem ser causados ou piorados por bactérias como o H.pylori — o microrganismo está ligado a processos inflamatórios como a úlcera, gastrite e câncer gástrico.
A pesquisa sugere que medicamentos que baixam o colesterol podem ser benéficos para pacientes com Alzheimer e indivíduos com disfunções intestinais, já que acabam reduzindo a inflamação do organismo, aumentam a imunidade e protegem o intestino.
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