Vídeo: PM dá tiro de choque na cabeça de ambulante senegalês no Brás
Três vendedores foram detidos durante ação de fiscalização da Prefeitura de SP. Na abordagem, PMs acertaram dois com tiros de choque
atualizado
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São Paulo — Um policial militar deu um tiro com arma de choque na cabeça de um vendedor ambulante senegalês no Brás, no centro de São Paulo, durante uma operação na última quinta-feira (16/1). Além dele, outro vendedor haitiano foi atingido por um disparo de taser nas costas.
Testemunhas registraram o momento da abordagem, na rua Barão de Ladário, conhecida pelo comércio popular. Nas imagens, PMs e agentes da Prefeitura de São Paulo apreendem mercadorias dos vendedores.
Durante a confusão, o ambulante senegalês é atingido pela arma de choque e cai enrijecido no chão. Ele ainda consegue se levantar momentos depois, mas não aguenta e volta a cair. Em seguida, ele ainda é chutado por outro PM, no chão.
Entenda
- Um vendedor ambulante senegalês levou um tiro de arma de choque na cabeça, disparado por um PM, durante uma ação de fiscalização da Prefeitura de São Paulo, na última quinta-feira (16/1).
- Outro vendedor haitiano também foi atingido nas costas.
- Segundo o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, que fez a denúncia, o senegalês não estava vendendo mercadorias e frequentava o Brás para fazer compras. Ele ficou com o projétil da arma acoplado no rosto por mais de 24 horas.
- Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), três homens, de 26, 29 e 31 anos, foram detidos na rua Barão de Ladário por resistência.
- A ação da PM, diz a SSP, visa coibir o comércio irregular de vendedores ambulantes.
- “Foi necessário o uso de taser e os dois homens foram socorridos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Mooca”, disse a SSP.
- O caso foi registrado como lesão corporal no 8° Distrito Policial (Brás), que solicitou exames ao Instituto Médico Legal (IML).
- Após o registro da ocorrência, os vendedores senegalês e haitiano foram liberados. “Seguiremos acompanhando eventuais desdobramentos na esfera penal”, disse o Centro Gaspar Garcia.
- “Expressamos toda nossa solidariedade às vitimas e seus familiares e nos manifestamos pela extinção da Operação Delegada que, até o momento, somente tem produzido violência contra as trabalhadoras e trabalhadores informais”, afirmou a entidade, em nota.
- A SSP afirmou que a Polícia Militar analisa as imagens e, “constatada qualquer irregularidade, as medidas cabíveis serão adotadas”.
- “A PM não compactua com desvios de conduta e pune com rigor os que desobedecem aos protocolos da corporação”, disse a SSP.