Após bombardeio de drones, Rússia volta a atacar Kiev e Odessa
Esse teria sido o maior ataque noturno de drones da guerra, que está no 1.023º dia. Ataque atingiu prédios e instalações hospitalares
atualizado
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Um dia após um ataque massivo com quase 500 drones, considerado o maior bombardeio noturno com esses equipamentos da Guerra da Ucrânia, a Rússia voltou a atacar o país. De acordo com autoridades ucranianas, uma pessoa morreu e pelo menos quatro ficaram feridas na cidade portuária de Odessa, onde os alvos foram prédios residenciais e instalações médicas.
O ataque ocorreu na manhã desta terça-feira (10/6). “Prédios residenciais no centro de Odesa foram destruídos e danificados. Um homem, de 59 anos, morreu”, informou o governador Oleg Kiper, acrescentando que médicos cuidavam de quatro feridos.
A capital Kiev também foi atacada. Na cidade, explosões foram ouvidas, prédios e carros ficaram em chamas e as defesas aéreas tentaram derrubar drones.
Ataque com drones
O ataque desta terça ocorreu um dia depois de a Rússia ter lançado quase 500 drones contra a Ucrânia, no maior bombardeio noturno com drones da guerra de três anos, segundo a Força Aérea Ucraniana , enquanto o Kremlin prossegue com a ofensiva.
Além dos 479 drones, 20 mísseis de vários tipos foram disparados contra diferentes partes da Ucrânia entre domingo (8/6) e segunda-feira (9/6), segundo a Força Aérea, que afirmou que o bombardeio teve como alvo principalmente as áreas central e ocidental.
Uma recente escalada nos ataques aéreos coincidiu com um novo avanço russo no campo de batalha ao longo das regiões leste e nordeste da linha de frente de, aproximadamente, 1.000 km (620 milhas). O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, na noite de domingo, que, em algumas dessas áreas, “a situação é muito difícil”, porém, não forneceu detalhes.
Troca de prisioneiros
Em meio a negociações diretas de paz que ainda não resultaram em progressos para interromper os combates, Rússia e Ucrânia trocaram mais um lote de prisioneiros de guerra nessa segunda-feira. Entre os que foram trocados havia soldados feridos, assim como menores de 25 anos, destacou Zelenskyy. “O processo é bastante complexo, há muitos detalhes delicados, as negociações continuam praticamente todos os dias”, acrescentou.
A troca foi resultado de negociações diretas entre os dois lados em Istambul, em 2 de junho , que resultaram em um acordo para a troca de pelo menos 1,2 mil prisioneiros de guerra de cada lado e para o repatriamento de milhares de corpos daqueles que morreram na guerra da Rússia na Ucrânia. Nenhum dos lados informou quantos prisioneiros foram trocados.
A autoridade de aviação civil da Rússia, Rosaviatsia, informou na manhã de terça-feira que suspendeu temporariamente voos em todos os quatro principais aeroportos que atendem Moscou para garantir a segurança, após o Ministério da Defesa relatar que a Ucrânia estava realizando um ataque de drones contra a Rússia.