Aço e alumínio: Trump decreta aumento de tarifas, e alíquota vai a 50%
Aumento na tarifa do aço e alumínio entra em vigor nesta quarta-feira (4/6), e afeta diretamente Brasil, México e Canadá
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3/6) um decreto que eleva de 25% para 50% as tarifas de importação sobre aço, alumínio e seus derivados. A nova alíquota a a valer já a partir desta quarta-feira (4/6).
Segundo o governo norte-americano, a decisão tem como objetivo fortalecer a segurança nacional e proteger a indústria siderúrgica interna. A medida representa uma ampliação da política tarifária adotada pela atual istração, que já havia imposto, em março, taxas de 25% sobre essas importações.
O anúncio oficial da medida ocorreu na última sexta-feira (30/5), durante um comício de Trump na Pensilvânia, estado com forte presença do setor siderúrgico. Na ocasião, o presidente afirmou que o aumento visa oferecer maior proteção à indústria nacional.
“Vamos ar de 25% para 50% nas tarifas sobre o aço importado para os Estados Unidos da América, o que vai proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana”, declarou Trump no evento.
A nova tarifa afeta diretamente importantes parceiros comerciais dos Estados Unidos, como Brasil, México e Canadá, países que já haviam sido impactados pelas tarifas iniciais.
O Reino Unido, por outro lado, permanecerá com a tarifa anterior de 25%, graças a um acordo comercial firmado recentemente com os EUA.
Impacto para o Brasil
O Brasil está entre os principais fornecedores de aço para o mercado norte-americano. Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, o país exportou 4,1 milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos em 2024.
Esse volume coloca o Brasil como o segundo maior exportador de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, que forneceu 6 milhões de toneladas. O México aparece em terceiro lugar, com 3,2 milhões de toneladas exportadas no mesmo período.
A elevação da tarifa pode representar um desafio adicional para a indústria siderúrgica brasileira, que tem nos Estados Unidos um de seus principais mercados. Representantes do setor ainda avaliam os possíveis impactos da medida no volume de exportações e na competitividade dos produtos nacionais no exterior.