Mulher desaparece após ser julgada pelo PCC no “tribunal do crime”
Wanessa, de 42 anos, foi sequestrada após ajudar amigo a recuperar celular furtado
atualizado
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O desaparecimento de Wanessa Donizete Pedroso, de 42 anos, sequestrada em setembro de 2024 em Pindamonhangaba (SP), é investigado pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP). As autoridades suspeitam que ela tenha sido julgada e executada pelo “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Apesar das buscas realizadas, incluindo o uso de cães farejadores especializados na localização de cadáveres, o corpo ainda não foi encontrado. Nessa terça-feira (11/3), um suspeito que estava foragido foi preso na região de Campinas (SP).
Segundo o boletim de ocorrência, na madrugada de 7 de setembro de 2024, Wanessa estava acompanhada por um amigo em frente a um condomínio quando viu uma jovem de 20 anos furtando o celular dele. Após recuperar o aparelho, Wanessa decidiu procurar a família da jovem para conversar. Nesse momento, foi abordada por indivíduos em um veículo preto e obrigada a entrar no carro. Desde então, não foi mais vista.
As buscas concentram-se principalmente no bairro Araretama, onde recentemente foi encontrada uma “casa bomba” do PCC, utilizada pela facção para práticas criminosas.
Violência
Casos similares vêm sendo registrados com frequência no Vale do Paraíba. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) indicam que, em 2024, Pindamonhangaba registrou 27 homicídios entre janeiro e novembro, quase o dobro do mesmo período no ano anterior.
O chamado “tribunal do crime” é conhecido por sequestrar, julgar e executar pessoas que supostamente violam as normas estabelecidas pela facção criminosa.
A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté prossegue com diligências para esclarecer os detalhes do desaparecimento e localizar Wanessa.
A vítima tem três filhos e quatro netos.