PF mira União Brasil na véspera do evento da pré-candidatura de Caiado
Lideranças do União Brasil reclamaram que PF deflagrou nova fase da Overclean um dia antes do lançamento da pré-candidatura de Caiado
atualizado
Compartilhar notícia
Lideranças do União Brasil reclamaram, nos bastidores, do timing da nova fase da Operação Overclean, que foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (3/4) e teve apadrinhados da sigla como alvos.
A principal reclamação dos caciques do partido foi a de que a PF botou a operação na rua na véspera do lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ao Palácio do Planalto.
Como o Metrópoles noticiou mais cedo, a PF deflagrou na manhã da quinta a terceira fase da Overclena, que visa desarticular um grupo suspeito de envolvimento em fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos.
Uma das cidades onde a PF cumpriu mandados de busca e apreensão foi justamente Salvador (BA), local onde Caiado realizará nesta sexta-feira (4/4) o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República.
Além de se lançar pré-candidato, o governador receberá o título de cidadão baiano em cerimônia no Centro de Convenções. Grandes nomes do partido, como o vice-presidente do União, ACM Neto, devem participar do evento.
Como o Metrópoles noticiou na coluna de Mirelle Pinheiro, um dos alvos da ação desta quinta-feira é o atual secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral.
Barral, que também já foi secretário de Educação de Salvador, é aliado próximo do ex-prefeito ACM Neto e do empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” e um dos principais alvos da Overclean.
Rei do Lixo e pressão para Caiado desistir
Na semana ada, a coluna noticiou que aliados de Caiado já avaliavam que a Operação Overclean estaria por trás da pressão de caciques do União Brasil para o governador adiar o lançamento de sua pré-candidatura.
Para o entorno de Caiado, a cúpula do partido tentou barrar o evento com receio de que o lançamento incomodasse setores da política e do Judiciário em Brasília e que isso acabe respingando na investigação.
