Esposa de Tiba Camargos dá à luz a bebê que pode ajudar o pai: entenda
Déa Camargos, esposa do influenciador católico Tiba Camargos, anunciou nessa quarta-feira (4/6) o nascimento do 6º filho do casal
atualizado
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Déa Camargos, esposa do influenciador católico Tiba Camargos, anunciou nessa quarta-feira (4/6) o nascimento do sexto filho do casal. O parto foi realizado em um hospital, uma escolha diferente das experiências anteriores da família.
O local foi escolhido por que a família decidiu coletar células-tronco do cordão umbilical para um possível tratamento futuro para Tiba, que ficou paraplégico após um grave acidente em fevereiro deste ano. Ele bateu a cabeça em uma pedra enquanto nadava em um rio no Rio Grande do Sul.
Em um relato emocionante publicado nas redes sociais, Déa compartilhou detalhes do parto e da chegada do bebê. “Eu sabia que maio seria o mês. Ela completaria 40 semanas dia 8 de junho, mas, pelo meu histórico, sabia que chegaria no mês de Maria. A cada madrugada da última semana eu esperava sinais. Até que na madrugada do dia 29 [de maio], às 4h da manhã, eu acordo com um riacho brotando em mim. Pulei da cama para não molhar o colchão. A bolsa rompera”, contou.
Déa também relatou que, logo após a ruptura da bolsa, chamou a comadre e doula, Marly, que a acompanhou ao hospital. A escolha de realizar o parto no ambiente hospitalar teve um motivo especial.
Déa explicou que, ao contrário dos partos anteriores, que foram feitos em casa, dessa vez optaram pelo ambiente hospitalar para possibilitar a coleta das células-tronco, com a esperança de que possam ser úteis para tratamentos médicos do marido.
A família ainda não divulgou o nome do bebê, mas o nascimento foi celebrado por seguidores e iradores do casal nas redes sociais, que acompanham com carinho a trajetória de superação de Tiba.
Leia o relato de parto completo da esposa de Tiba Camargos:
“Eu sabia que maio seria o mês. Ela completaria 40 semanas dia 08 de junho, mas pelo meu histórico sabia que chegaria no mês de Maria. A cada madrugada da ultima semana eu esperava sinais. Até que madrugada do dia 29 , as 4 da manhã eu acordo com um riacho brotando em mim. Pulei da cama pra não molhar o colchão. A bolsa rompera. Chamei minha comadre @marly.jpinheiro que além de ser minha acompanhante ao hospital, também é doula. Avisei a enfermeira obstetra que chegou em casa em meio a um friozão das cinco da madruga. A @grazyalos auscutou o bebê, tudo ótimo, mas nada de contrações ritmadas, uma aqui, outra acolá, bem sem gracinhas. Eu segui deitada até a hora que a fome deixou. Seis da manhã tomei um big café da manhã e fui contar ao Tiba que a bolsa tinha rompido. “E você tá tranquila assim?” Ele perguntou. “Sim, amor. Tá tudo tranquilo, tô tomando bastante água e não tem sinal nenhum de que o TP vai engrenar.” Fui me maquiar, fiz um storie, e segui a vida por aqui, cuidando de algumas demandas antes do parto. A manhã ou sem nenhuma evolução. Depois do almoço, fomos pro quarto, fizemos massagem com óleos essenciais na barriga, a Marloca preparou um escalda pés bem quentinho com ervas e sal e então por volta das três da tarde as amiguinhas contrações começaram a dar o ar da graça. Escovei os dentes do marido, pois ele sabia que iria ar dois dias sem escovar, sim, só eu que faço isso rsrsrs. Então me arrumei e as 16:40 saimos para o hospital. Antes ei mais uma vez no quarto do Tiba. Coloquei a mão dele sobre minha barriga e pedi que desse uma palavra de autoridade para a filha nascer e rezasse ppr mim. Assim ele fez. Ao se despedir disse o que eu sabia: “eu queria estar indo contigo.” “Eu sei, mas se você pudesse ir, não iríamos. A teríamos em casa.” “Verdade!” Para quem não sabe, só fui realizar o parto em hospital porque decidimos coletar celulas tronco do cordão umbilical para um possivel tratamento futuro para o Tiba. Se não houvesse essa necessidade com certeza a teria em casa, como os outros.Tentei me mostrar o mais segura e otimista possível para que ele ficasse tranquilo ao me ver sair. E fui. Doutora @karlabrouwers , que tão gentilmente aceitou me acompanhar mesmo em fim de gestação, já estava no hospital há horas me esperando. Cheguei lá e confesso que fiquei meio perdida… O que eu faço agora? Procurei ouvir meu corpo e sabia que precisava ir pro chuveiro, pois como a bolsa estava rota, cada vez que eu relaxava o períneo, algum líquido escapava, além disso o chuveiro nos dá uma boa analgesia natural. Bom, pelo menos deveria, se o abençoado do chuveiro não ficasse oscilando entre quente e frio. Hora me queimava, hora me gelava, que labuta! A cada contração eu me concentrava na respiração e no meu corpo, imaginando a bebê descendo, a pelve abrindo. Me agarrava forte aos ferros de segurança que existem em banheiros de hospital e a cada contração fazia o exercício de respirar e relaxar bem o períneo. Matias havia preparado uma playlist bem oracional pra mim. Fiquei rezando com as canções, ofertando cada dor e focando na medalhinha de Nossa Senhora das dores que trago em meu pulso, e repetia na hora da dor forte: Ó Virgem dolorosissima, as vossas lágrimas derrubaram o império infernal. Aprendi com minha amiga Laura Padilha que na hora das contrações é importante concentrar na respiração e manter os olhos abertos focados em alguma coisa. E assim eu fiz, focando na Virgem das Dores. Depois de mais ou menos uma hora e meia de chuveiro, dra Karla vendo minha luta com a água quente e fria do chuveiro me incentivou a entrar na banheira. Assim fiz e aos poucos as contrações foram ficando ainda mais fortes. Mas dessa vez foi diferente: eu conseguia sentar ou me ajoelhar entre uma contração e outra, dar um tempinho de respiro e pensar no Tiba. Isso me dava forças: “Vamos lá, minha filha, precisamos dar essa alegria ao seu pai.” Depois de alguns minutos dentro da banheira comecei a perceber que estava chegando a hora. Percebi ela descendo e disse: ela está vindo!Me apoiando na beira da piscina, de joelhos, me agarrei nas pernas na enfermeira e fiz a primeira força. Ela coroou, mas o círculo de fogo dessa vez foi mais suave, talvez por ela ser pequenina ou por eu estar mais entregue. Mais uma força e saiu a cabecinha, vieram mais duas forças e ela nasceu todinha. Era 20:15 do dia 29 de maio, dia da Ascensão de Nosso Senhor. Dra Karla a segurou e logo a ou pra mim. E agora o trabalho precisava ser rápido por causa da coleta das células tronco. Saí da banheira e me sentei na banqueta segurando Maria Beatriz, encantada, extasiada, apaixonada. Tiba acompanhara tudo por chamada de vídeo e vibrava do outro lado. Enquanto eu ja fazia pele a pele com ela e oferecia o peito as enfermeiras faziam a coleta do material. Fiquei uma hora e quarenta nessa hora dourada, com ela em meu colo até que a enfermeira veio fazer os primeiros procedimentos e vestir a lindezinha. E assim vencemos mais essa grande batalha: de trazer ao mundo nossa sexta filha, ando as dores da maternidade, aceitando o convite de ser cocriadora e coredentora com Nosso Senhor. Embora tão indignas, grandes coisas nos confia o Senhor e a maternidade é, sem duvida, a maior delas. Deixo aqui minha gratidão sem tamanho à minha comadre e doula @marly.jpinheiro que com tanta dedicação me ajudou não só no parto, mas em todo esse período difícil que temos vivido”.