Cazuza deixou bilhete para ator de Vale Tudo após a estreia da novela
Cazuza e Otávio Muller, intérprete de Sardinha, tinham um grau de parentesco. O cantor morreu na década de 1990
atualizado
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Otávio Muller, intérprete de Sardinha na primeira versão da novela Vale Tudo, recebeu um incentivo antes de iniciar a carreira de ator. O pontapé foi de ninguém menos que Cazuza, primo de segundo grau de Otávio.
Após a estreia da novela, Otávio recebeu um bilhete escrito pelo cantor em uma máquina de escrever. “Ele escreveu: ‘Agora não somos mais primos, a gente é amigo’. Me lembro que ele fez isso com muita empolgação”, relembrou o ator, em entrevista para a Quem.
O artista contou como era a relação com a lenda do rock nacional: “Cazuza era um pouco mais velho que eu, nunca sei direito a conta. Quando a gente é mais novinho, a diferença de idade faz sentido. Só ficava olhando pra ele, aquele primo lindo, que já era mega descolado, olhava de longe. Minha família sempre teve o hábito de ir muito a praia, olhava sempre com uma iração, achava lindo. Mas ele não era conhecido, não era famoso, ele era enturmado”.
Otávio também revelou que sua carreira não teria começado sem o apoio da mãe e do avô para começar a fazer aulas de teatro na Casa das Artes de Laranjeiras.
“Nada teria acontecido se minha mãe e meu avô não tivessem me colocado, sabendo que era péssimo aluno, para fazer aula de teatro. Inclusive, com uma madrinha minha, uma aula uma vez por semana. Mas foi o Cazuza e minha tia que deram esse pontapé inicial”, explicou.
Além de incentivador, Otávio também vê Cazuza como uma grande inspiração: “Minha família não é uma família de artistas, é uma família de advogados, mas, por alguns motivos, pintavam artistas na minha vida. O pai do Cazuza, meu tio, tinha essa ligação com a gravadora Som Livre, e meu pai fez cinema durante um tempo. Me lembro de algumas figuras, mas acho que a primeira foi o Cazuza, que nem era artista quando me inspirava”.
O cantor é, inclusive, voz da canção Brasil, tema de abertura de Vale Tudo. Cazuza morreu em 1990. Além de ser um grande nome da música nacional, ele também ficou conhecido como um símbolo da luta contra a Síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), doença que causou sua morte.