Zambelli pediu licença à Câmara antes de prisão decretada por Moraes
Deputada está condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ e está fora do Brasil. STF determinou prisão preventiva dela
atualizado
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A Câmara dos Deputados oficializou, nesta quinta-feira (5/6), a licença da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Segundo a Casa, o pedido foi protocolado pela parlamentar antes da determinação de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Quem assume a vaga, durante a licença de 120 dias, é o deputado Coronel Tadeu (PL-SP). O motivo do afastamento seria “interesse pessoal”.
“A decisão do STF a respeito da parlamentar foi recebida na quarta-feira (4/6) e o bloqueio de valores nela previsto teve o cumprimento determinado pela Presidência”, informou o perfil da Câmara dos Deputados no X.
Saída do Brasil
Zambelli saiu do Brasil depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — ela é alvo de um mandado de prisão preventiva e entrou na lista da Interpol. A parlamentar, agora licenciada, foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato, devido ao seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Diante da saída do país, Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli nessa quarta (4/6) após ela deixar o país. Na decisão, que atende pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro considerou que a saída de Zambelli do país tem como objetivo fugir da aplicação da lei.
Moraes determinou ainda o bloqueio das redes sociais da parlamentar, incluindo Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e X. As empresas que descumprirem a medida de bloqueio das redes sociais podem tomar uma multa diária de R$ 100 mil por manter os perfis de Zambelli em funcionamento.
A decisão estabeleceu também multa diária de R$ 50 mil, caso a deputada faça postagens que “reiterem as condutas criminosas” e a inclusão, pela Polícia Federal, do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol.