Gleisi diz que sanções dos EUA a juízas violam soberania do TPI
Governo dos Estados Unidos impôs sanções a quatro juízas do Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia
atualizado
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos a quatro juízas do Tribunal Penal Internacional (TPI). A petista afirmou que a medida viola direitos.
Entre os alvos do governo norte-americano estão juízas envolvidas no mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e na investigação de crimes de guerras cometidos pelos Estados Unidos no Afeganistão.
“As sanções dos EUA contra quatro juízas do Tribunal Penal Internacional violam o direito e afrontam a soberania de instituição que representa 125 países. Duas juízas atuaram no mandato de prisão contra Netanyahu pelo genocídio em Gaza e as outras duas na investigação de crimes de guerra dos EUA no Afeganistão. É necessário repudiar fortemente essa violência do governo Trump para que não se transforme em prática generalizada contra juízes ao redor do mundo”, escreveu a ministra na rede social X.
No ano ado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão por supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. Segundo a Corte, há “motivos razoáveis” para acreditar que o primeiro-ministro de Israel tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, como “fome como método de guerra”.
Já o gabinete de Netanyahu rejeitou as acusações e as classificou como “absurdas e falsas”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem defendido publicamente as incursões militares israelenses contra o território palestino. O bilionário chegou a dizer, ainda, que há interesse de construir um resort de luxo na Faixa de Gaza.