Alckmin: Brasil monitora oportunidades no mundo após tarifaço de Trump
Presidente dos Estados Unidos impôs uma tarifa de 10% para importação de produtos brasileiros para o país
atualizado
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta quarta-feira (16/4), que as novas alíquotas impostas pelos Estados Unidas devem abrir uma janela de oportunidade para o Brasil, em especial para o agronegócio. O presidente norte-americano, Donald Trump, impôs uma tarifa de 10% adicionais sobre produtos importados do Brasil.
“O Brasil nesse momento tem que estar atento a oportunidades. Porque neste momento de comércio internacional você tem muitas oportunidades especialmente no agro, na questão do agro, na indústria também tem oportunidades, mas vamos fazer um monitoramento de importações que pode desaguar de repente um um pico de importação muito alto no Brasil”, disse o vice-presidente.
Confira a declaração:
“Comércio exterior, exportar e importar. É mão dupla, é mão dupla. Agora, pico de importação, você até de repente um desaguamento aqui de produtos e isso vai ser monitorado com rigor”, seguiu o vice-presidente.
Em geral, as tarifas estabelecidas por Trump ficaram em 10% para América Latina, 20% para Europa e 30% para Ásia, sendo a China o mais afetado com mais de 100% de alíquota adicional na venda de itens para os Estados Unidos. No momento, tirando a China, o tarifaço está pausado por 90 dias para mais negociações.
O “tarifaço” do líder norte-americano também pode abrir uma janela de negociações entre os países do Mercosul e a União Europeia, como indicou Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.
Em nota, o governo brasileiro ressaltou que irá em busca de diálogo com os Estados Unidos para tentar reduzir os efeitos das tarifas, mas não descartou a adoção da política de reciprocidade econômica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida autoriza o Brasil a adotar ações comerciais em resposta a medidas unilaterais de outras nações ou blocos econômicos. Com isso, o governo federal terá o para agir em reação a pressões externas que possam influenciar políticas internas ou criar desvantagens comerciais consideradas injustas, sendo uma forma de proteger a economia nacional.
